Como melhorar sua autoestima em 5 passos

02/05/2022

Ame-se! Cuide-se! Só você pode fazer isso por você.

Autoestima é a consciência de uma pessoa a respeito de si mesma. A percepção de nós mesmos a partir de nossos modos de agir e pensar é o que gera sentimentos de bem-estar, inferioridade ou superioridade. A autoestima saudável é a percepção de potencialmente ser capaz, feliz, confortável "em sua pele", sentindo e percebendo seus valores de dentro para fora. É acreditar em si e nas suas potencialidades.

A Abordagem que uso em meu trabalho como Psicóloga Clínica é a Centrada na Pessoa (ACP) do psicólogo norte americano humanista Carl R Rogers. Rogers considera a autoestima como nossa base, já que é ela que nos dá condições de participação mais eficaz no mundo. Mas, muitas vezes temos nossa autoestima abalada ou enfraquecida, o que afeta diretamente nossa saúde emocional e a das pessoas à nossa volta, interferindo diretamente em nossos relacionamentos profissionais e pessoais, até mesmo em nossas crianças e jovens. É preciso sempre avaliá-la e reequilibrá-la.

Aqui estão 5 passos para te ajudar a fazer isso:

  1. Conheça-se bem. Perguntas como estas costumam ajudar: Qual sentimento específico estou sentindo agora? Sinceramente, o que aconteceu para que eu me sentisse assim? Diante disso que aconteceu, como eu gostaria de me sentir? Por que não estou me sentindo como gostaria? O que preciso mudar para me sentir melhor?

 

  1. Lide com o mundo real e não com o mundo ideal. Cuidado com as expectativas. Se algo não saiu como você gostaria ou se alguém te decepcionou, não significa que o mundo sempre joga contra ou que a pessoa necessariamente fez de propósito por não valorizar você. Sua comunicação pode não ter sido tão assertiva, pode ter sido passiva (esperando que o outro fizesse algo por você sem você dizer nada) ou agressiva (se você exigiu em vez de pedir, o que normalmente faz o outro se fechar a você).

 

  1. Pare de se culpar por tudo. Assuma as responsabilidades pelas consequências de seus atos, mas com leveza. Antes de se entristecer ou se enraivecer com você, tente primeiro aceitar e só depois averiguar quais ações suas poderiam ter sido diferentes. Se, após essa verificação, perceber que faria exatamente o mesmo, que não há o que melhorar, então relaxe, não era pra ser. Se perceber, ao contrário, que poderia ter agido diferente, aceite o aprendizado e tente outra vez, com amor.

 

  1. Pare de se comparar com os outros. Você é um ser único e digno assim como é. Essa é uma armadilha terrível, principalmente nos dias de hoje quando temos tantas informações compartilhadas por todos sobre tudo. Infelizmente, o mundo em que vivemos é sustentado pela competitividade e isso nos faz acreditar que nosso próprio sucesso pessoal ou profissional só será alcançado quando superarmos o de outras pessoas. Esse pensamento só nos traz malefícios e é preciso sairmos dele. Então, viva de acordo com você, com seus valores e princípios. Aceite-se interna e externamente. Não se escravize pelos padrões impostos. Não existe perfeição, liberte-se!

 

  1. Cultive a gratidão, um dia por vez. O que aconteceu ontem só definirá o seu hoje se você deixar. Vamos agradecer por tudo nessa vida: por estarmos aqui, por nossa saúde da forma como ela é, pelas pessoas que estão à nossa volta, por tudo o que temos, por tudo o que nos faz felizes, mas também pelas dificuldades que nos fortalecem, pelos aprendizados que temos com nossos próprios erros, pelas oportunidades de melhoria que surgem quando as coisas não dão certo, enfim, agradecer por cada dia. A gratidão diária nos fortalece. Se terminamos o dia agradecendo por tudo, começaremos o próximo dia mais fortalecidos para o que ele nos trará.

A nossa autoestima não depende do que nos acontece externamente, mas sim de como nos amamos e nos cuidamos internamente para recebermos o que vem de fora. Ame-se! Cuide-se! Só você pode fazer isso por você

Até a próxima!
Cuide-se bem, sempre!

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Carina Roma é Psicóloga Clínica, Neuropsicóloga e Especialista em Dependências Tecnológicas. Atua há 15 anos como Psicoterapeuta de jovens e adultos e Orientadora de Pais e Educadores. Conta com mais de 10 mil horas de atendimento a clientes de mais de 10 países. É casada há mais de vinte anos e tem três filhos, dois deles biológicos que hoje são adolescentes – Artur e Henrique - e uma do coração, na verdade sua irmã Natália que tem Síndrome de Down, mas que é considerada como filha querida desde que passou aos seus cuidados. Seu principal foco de trabalho é ajudar a melhorar a saúde mental e emocional das pessoas na nova era digital.